Declínio cognitivo é maior para quem consome mais de 20% das calorias diárias em ultraprocessados
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Há um crescente corpo de evidências associando o consumo de alimentos ultraprocessados a problemas de saúde, incluindo depressão, doenças cardiovasculares e mortalidade por todas as causas.
Uma pesquisa recente realizada por cientistas da USP com base no Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil), mostrou que o consumo de ultraprocessados é um dos fatores que contribuem para o declínio do desempenho cognitivo ao longo do tempo. Os resultados mostraram que a queda cognitiva ao longo da vida foi 28% maior entre os participantes que consumiram mais de 20% das calorias diárias em ultraprocessados. Isso equivale, por exemplo, a comer três pães de forma todos os dias. Os ultraprocessados são produtos que passaram por um longo processo industrial ao ponto de sua composição final não lembrar a comida de verdade, como por exemplo: pães de forma, macarrão instantâneo, refrigerantes, salgadinhos etc. Vários estudos mostram os prejuízos que eles causam à saúde.
A pesquisa utilizou os dados de 10.775 pessoas coletados dos participantes de acordo com os quatro grupos descritos pelo Guia Alimentar para a População Brasileira: não processados (vegetais, frutas, cereais etc.), ingredientes culinários (azeites, sal, óleos), alimentos processados (com modificações leves como adição de sal ou açúcar) e ultraprocessados, “alimentos que passaram por um longo processo industrial ao ponto de que a sua composição final nem lembra comida de verdade” (pães de forma, macarrão instantâneo, marmitas prontas, refrigerantes, entre outros).
A partir disso, os pesquisadores dividiram as pessoas em quatro grupos, de acordo com a porcentagem de ultraprocessados na dieta, e descobriram que as pessoas que comem mais desse tipo de produto (acima de 20% da ingestão diária) têm uma queda 28% maior na performance cognitiva do que as que comem menos (abaixo de 20%).
“Esses resultados, além de inéditos, são muito importantes pois apontam para um comportamento que as pessoas podem modificar e, com isso, possivelmente diminuir a chance de declínio cognitivo ao longo dos anos”, diz a pesquisadora Natália Gonçalves.
Os dados foram apresentados
durante a Conferência Internacional da Associação de Alzheimer, que aconteceu
entre 31 de julho e 4 de agosto, em San Diego, nos Estados Unidos.
Fonte:
adapatado de matéria do Jornal da USP - https://jornal.usp.br/
Imagem:
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