O refluxo gastroesofágico ocorre quando o ácido do estômago flui repetidamente de volta para o tubo que conecta a boca e o estômago (esôfago). Essa retrolavagem (refluxo ácido) pode irritar o revestimento do esôfago.
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O refluxo é uma doença que atinge
quase 30% dos brasileiros em qualquer idade. Ele ocorre por alterações no
esfíncter, que separa o esôfago do estômago. O esfíncter é como uma válvula,
que deveria impedir o retorno dos alimentos, mas, quando falha, seu conteúdo
gástrico, uma substância ácida e irritante, pode chegar à boca causando danos
aos dentes, além de ocasionar problemas na laringe e pulmões.
É muito comum os bebês terem refluxo em virtude da fragilidade dos tecidos existentes na transição entre o estômago e o esôfago. Por isso, sempre se diz que os recém-nascidos precisam arrotar após mamar, para que esse conteúdo líquido não retorne.
Sintomas e Tratamentos
Os principais sintomas do refluxo são:
– azia ou queimação que se
origina na boca do estômago, mas pode atingir a garganta;
– dor torácica intensa, que pode
ser confundida com a dor da angina e do infarto do miocárdio;
– tosse seca;
– doenças pulmonares de repetição, como pneumonias, bronquites e asma.
Os tratamentos do refluxo são voltados para controlar os sintomas, curar a esofagite e evitar a ocorrência de complicações graves, podendo ser clínicos ou cirúrgicos. O clínico inclui a administração de medicamentos que diminuem a produção de ácido pelo estômago e melhoram a motilidade do esôfago. Paralelamente, o paciente recebe orientação para perder peso, evitar alimentos e bebidas que agravam o quadro, fracionar a dieta, não se deitar logo após as refeições e praticar exercícios físicos.
A cirurgia pode ser realizada de maneira convencional ou por laparoscopia e está indicada nos casos de hérnia de hiato, para os pacientes que não respondem bem ao tratamento clinico ou quando é necessário confeccionar uma válvula antirrefluxo. Ela é sempre um procedimento adequado, quando a repetição do refluxo gastroesofágico provoca esofagite grave, uma vez que a acidez do suco gástrico pode alterar as células do revestimento esofágico e dar origem a tumores malignos.
Quando os sintomas de refluxo aparecem é importante não esperar muito tempo para procurar um médico. Se mesmo depois de ter feitos alterações nos hábitos alimentares os sintomas persistirem por mais de uma semana é recomendado procurar um especialista.
Recomendações de
prevenção:
– evite alimentos e bebidas, especialmente as alcoólicas, que favorecem o retorno do conteúdo gástrico;
– diminua ou evite a ingestão de
alimentos como café, chá preto, chá mate, chocolate, molho de tomate, comidas
ácidas e bebidas gasosas.
– fique longe do cigarro;
– procure perder peso;
– não use cintos ou roupas
apertadas na região do abdome;
– não se deite logo após as
refeições;
– distribua os alimentos em
pequenas quantidades por várias refeições (café da manhã, almoço, lanche da
tarde e jantar);
– faça refeições mais leves.
Sente-se e coma sem pressa, mastigando bem os alimentos;
– aumente a salivação com gomas de mascar ou balas duras. A saliva pode aliviar a dor;
– não se automedique se tiver
episódios repetidos de azia ou queimação. Procure assistência médica para
diagnóstico e tratamento adequados;
– não ponha o bebê na cama assim que acabar de mamar. Mantenha-o em pé no colo até que elimine o ar que deglutiu durante a amamentação.
Quer saber mais?
Ouça a entrevista do doutor Roberto Oliveira Dantas, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto para a rádio USP no link abaixo.
https://jornal.usp.br/wp-content/uploads/2019/08/REFLUXO-SIMONE-LEMOS.mp3
Fonte: https://bvsms.saude.gov.br/ - https://jornal.usp.br/
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