Nova dieta climatariana se propõe a atenuar as mudanças climáticas
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As mudanças climáticas têm feito muitas pessoas repensarem seus hábitos alimentares cotidianos para minimizarem os seus impactos no meio ambiente.
Pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, que analisaram o impacto de mudanças alimentares na saúde e no meio ambiente, afirmam que se a humanidade adotasse a dieta vegetariana as emissões ligadas à produção de alimentos cairiam 60%. Caso o mundo todo se tornasse vegano (livre de qualquer produto de origem animal), a porcentagem aumentaria para 70%. Uma menor queda, de 29%, é observada na dieta onívora recomendada pela OMS.
Outro estudo da Faculdade de Saúde Pública da USP, mostrou que quanto maior a aderência da população a dietas com menor impacto ambiental baseada em frutas, verduras, legumes, cereais integrais e oleaginosas – e menos em carnes vermelhas, laticínios, tubérculos, açúcares de adição e gorduras animais – menores são as taxas de sobrepeso e obesidade. Ou seja, cuidar do planeta também é cuidar da saúde.
Dieta climatariana
As pesquisas e discussões sobre nossos hábitos cotidianos e seus impactos no meio ambiente fizeram surgir um novo movimento dietético: a dieta climatariana. A dieta climatariana se propõe a gerar menos carbono, atenuando as conseqüências das mudanças climáticas como aumento de temperatura, intensificação de catástrofes, aumento da desertificação, das pragas, do degelo e do nível do mar e mudanças no ecossistema.
O que motiva a adoção desse tipo de alimentação não é o mesmo que ocorre “com outras dietas da moda”, conta Rosa Diez Garcia, professora de Nutrição e Metabolismo da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. Esse tipo de alimentação não é algo novo, diz a professora, mas exige tomada de consciência e aquisição de conhecimento por parte da sociedade, principalmente das gerações mais novas, que podem ser as mais afetadas. “Só essa mudança muito drástica e de uma forma muito representativa vai poder atenuar as mudanças climáticas”, afirma.
Como seguir a dieta climatariana
Para adotar a dieta climatariana, é preciso comprar “menos
alimentos industrializados e embalados, comprar de pequenos produtores próximos
da nossa localidade, isso implica menos gasto de combustível, alimentos da
temporada, uma produção ecológica, como a agroflorestal, e outros tipos de
produção que preservam o ambiente e a conservação do solo, consumir mais
frutas, legumes e verduras e menos carnes”. A dieta do Antropoceno, por
exemplo, propõe que sejam consumidas de 14 a 15 gramas de carne por dia.
Adotar formas de preparo que consumam menos energia, opção por alimentos crus, formas de cozimento que gastem menos combustível, por exemplo, panelas de pressão, não desperdiçar alimentos, ser mais racional na produção de alimentos, evitar o uso de plástico e optar por consumir materiais recicláveis são outras medidas que atenuam os impactos sobre o meio ambiente. Trata-se de uma série de atitudes que devem “ajudar a diminuir a produção de carbono”, lembra a professora.
Ouça a entrevista completa da professora Rosa Diez Garcia
para a rádio USP no link abaixo:
https://jornal.usp.br/wp-content/uploads/2021/09/CLIMATARIAN-BRENDA-MARCHIORI.mp3
fonte: https://jornal.usp.br/ https://www.fsp.usp.br/sustentarea/
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